sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Entrevista a Leonor Poeiras e Francisco Penim


Leonor Poeiras:



Leonor Poeiras estreou-se em televisão no ‘Diário da Manhã’ ao lado de Júlia Pinheiro e Henrique Garcia. Depois enfrentou o desafio de ser, ao lado de José Carlos Araújo, a apresentadora de ‘Fear Factor – Desafio Total’. Voltou e foi recebida como pivô do informativo matinal, dando mais tarde o salto definitivo para o entretenimento, onde se encontra actualmente como apresentadora de ‘Quem Quer Ganha’, substituindo ainda Júlia Pinheiro no seu programa quando esta se ausente. Vamos ver o que Leonor nos revela sobre o seu percurso profissional e sobre quem é esta apresentadora que adora desafios.

Quem é a Leonor Poeiras?

Sou uma pessoa muito bem-disposta. Decidi ser feliz muito pequenina e por isso movo-me nesse sentido!

Faço o possível para proporcionar momentos felizes aos que me rodeiam! E é isso que me faz feliz!

Como foi parar a televisão? Ainda se lembra da sua estreia em frente as câmaras?

Depois de concluir o curso na Católica fiz um estágio na TVI de 6 meses e no final fui convidada para integrar a 1ª equipa do ‘Diário da Manhã’. A primeira vez frente às câmaras foi em Outubro de 2004, num directo para o ‘Diário da Manhã’; a partir de uma pastelaria no Campo Grande em Lisboa, questionei várias pessoas sobre Egas Moniz… Raras souberam dizer que razão o levou a ganhar o Nobel da Medicina em 1949. Lembro-me perfeitamente, correu-me muito bem!

A Leonor começou como repórter do ‘Diário da Manha’. Como foi fazer trabalho de reportagem?

Foi muito satisfatório entrevistar o cidadão comum todo os dias. Adoro trabalhar em directo e em equipa! E ter a Júlia Pinheiro e o Henrique Garcia sempre por perto nesta altura foi fundamental para aperfeiçoar o meu trabalho.

Como surgiu o convite para apresentar o ‘Fear Factor’?

Foi o José Eduardo Moniz que sugeriu o meu nome para o casting. Fiz e fui escolhida. Foi óptimo receber a notícia!

Gostou de fazer dupla com o José Carlos Araújo?

Quem não gosta? O Zé Carlos é um dos mais brilhantes profissionais que conheço! Adoro-o! E aprendi muuuuuuito com ele!

O que mais a marcou neste programa?

Curiosamente tudo o que vivi atrás das câmaras. Foi uma experiência maravilhosa viver 3 meses na Argentina. Estreei-me no entretenimento com a Endemol e não podia ter corrido melhor! Continuo a acreditar que sem uma boa equipa não somos nada!

Em 2004 voltou de novo para o ‘Diário da Manha’. Como foi apresentar esse espaço?

Foi excelente, mas muito duro por questões de horários.

Na altura, a imprensa disse que foi a Leonor que pediu para sair. Foi verdade?

Sim, pelas razões que dei agora. E na TVI compreenderam e aceitaram.

Actualmente está no ‘Quem Quer Ganha’, gosta de apresentar este programa?

Adoro o ‘Quem Quer Ganha’. Que bom que é oferecer todos os dias dinheiro! Especialmente a quem mais precisa. E depois, lá está, voltamos à equipa. Somos muito ligados. Com a Endemol sinto-me em casa!

Como surgiu a oportunidade de o apresentar?

Numa primeira vez foi para substituir a Iva, que durante muito tempo não teve férias. A partir daí cresci no programa.

O ‘Quem Quer Ganha’ sofreu alterações, o que acha deste renovado programa? Está mais divertido?

Está mais animado! Tem público e eu divirto-me sempre! Passa a correr!

Sente a responsabilidade de substituir Júlia Pinheiro no programa ‘As Tardes da Júlia’?

Claro! Mas é com um sorriso nos lábios que a substituo! Mostrar que sou versátil é muito positivo!

Aos 24 anos, a Leonor disse que sonhava em apresentar um programa de informação puro e duro. Ainda tem este sonho?

Não. Adoro a minha boa disposição e alegria e não quero abdicar delas!

Já recebeu convites para sair da TVI?

Não.

Espera um dia apresentar em horário nobre?

Trabalho com o mesmo empenho em qualquer horário... e acho lamentável que se pense que o horário nobre é a meta, porque tem melhores audiências!

Eu trabalho para o público, não para os números!

Que conselho dá aos jovens que querem seguir o mundo da televisão?

Acho fundamental que tenham talento! Por isso analisem bem a vossa personalidade! Se têm algo a acrescentar ao que já existe... muito bem! Aí é seguir em frente! De alma e coração!

Diogo Filipe e Nuno Pereira

Francisco Penim:



Francisco Penim, ficou conhecido como director de programas da SIC, mas antes foi o responsável pelo nascimento da SIC Radical e do fenómeno “Gato Fedorento”, esteve à conversa com o “Novelas Nacionais”, falou-nos um pouco sobre a sua passagem na SIC e das suas opções enquanto director de programas da SIC. Francisco Penim foi directo e preciso, como todos nós o conhecemos.

Quem é o Francisco Penim?
Sou jornalista e executivo de televisão.

Qual a importância que a TV tem na sua vida?
Imensa, uma vez que foi na televisão onde trabalhei mais anos.

Quando foi director da SIC Radical qual o momento mais marcante?
São muitos mas o seu lançamento foi talvez o momento mais marcante porque a partir desse momento nada seria como dantes.

Com a saída de Manuel da Fonseca foi convidado a ser director de programas da SIC. Se fosse hoje teria aceitado o convite?
Claro que sim. É um convite que não se pode recusar.

O porquê da queda da SIC, quando era director? Foram programas mal escolhidos ou era uma TVI e RTP muito fortes?
A SIC começou a cair em 1997 e não quando eu era director. Hoje continua a cair e atingiu os resultados mais baixos da sua história. Responder a esta pergunta era estar 4 horas a falar porque não há uma resposta simples. Há uma miríade de justificações e variáveis que fizeram, ao longo dos anos, com que a SIC caísse nas audiências.

Qual foi a pior aposta da SIC durante a sua passagem como director de programas?
De novo, é difícil de responder, mas não é a primeira vez que dou o exemplo do Wrestling como uma má aposta minha nos anos como director de programas da SIC.

O seu objectivo era que a SIC conseguisse ser uma televisão inovadora, facto que se veio a revelar um fracasso, como vê hoje a SIC?
A SIC é uma televisão inovadora, comigo e com todos os directores de programas que teve e tem. Dizer que isso se revelou um fracasso não é nem correcto, nem objectivo. A SIC hoje passa pela sua pior fase de resultados, quer financeiros, quer de audiências... mas é uma fase. A SIC há-de ficar melhor.

Enquanto director da SIC, José Figueiras, Ana Marques, entre outros apresentadores foram esquecidos, porque?
São opções tal e qual como um treinador de futebol faz quando escolhe os jogadores que jogam na sua equipa.

Na SIC apostou na ficção nacional, que ainda teve alguns sucessos como Floribella e Vingança, a actual direcção tenta fazer o mesmo, mas não está a conseguir. Porquê? A ficção da SIC esta parecida com a da TVI?
A aposta actual da ficção da SIC é muito diferente da minha, nas opções artísticas e na quantidade de novelas. A Floribella não foi apenas um sucesso, foi o maior sucesso da história da SIC na perspectiva do impacto que teve na sociedade. Ter uma "fábrica" de fazer novelas de sucesso demorou à TVI cerca de 6 anos. Em apenas 2 anos na SIC fizemos uma fábrica que fez novelas com e sem audiência. A SIC actual só fez uma novela sem audiência e não é com uma novela que se faz uma "fábrica", que se faz um género ou uma escola de novela ou que se ombreia com as novelas da TVI.

Quais os melhores e piores momentos enquanto directo da SIC?
Não houve bons e maus momentos. Há momentos de luta e todos os momentos na SIC foram momentos de luta.

Nuno Santos tem sido um bom director de programas?
Os directores de programas são seres humanos, fazem erros e tomam boas decisões. O Nuno está a fazer o melhor trabalho possível.

Com a saída de José Eduardo Moniz a Televisão em Portugal fica mais pobre?
Sim, claro.

A saída de Moniz pode levar a que a TVI perca a liderança? Ou na sua opinião a TVI tem uma estrutura capaz de ultrapassar esta perca?
Pode perder com tempo mas as variáveis são tantas que qualquer previsão é perda de tempo.

O que espera da TV no futuro?
Espero que seja uma televisão que agrade mais o público, que o mesmo tenha a escolha que necessite ao seu alcance.

Como avalia o aparecimento de espaços onde se discute televisão? Enquanto director de programas da SIC alguma vez os visitou?
Sinceramente penso que são de uma gestão impossível devido ao carácter anónimo da Internet. Têm obviamente o seu interesse mas não me seduzem enquanto utilizador.

Diogo Filipe e Nuno Pereira

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